quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entre vergastadas e injecções letais






















John Allen Muhammad foi executado esta madrugada (portuguesa) numa prisão da Virginia. Muhammad ficou conhecido como o sniper de Washington, após ter morto a tiro 10 pessoas. Fala-se em motivações familiares e políticas, uma vez que o ex-combatente na Guerra do Golfo começara a actuar após o 11 de Setembro e acabara por converter-se ao Islão.
O procurador que obteve a condenação "sentiu" que esta história teve um fim. Então é para isso que as pessoas são executadas? Para que familiares e magistrados "sintam" o fim da linha? Por muito retemperador que possa parecer, não creio que seja motivo suficiente. Principalmente quando a Justiça erra, e já não há ninguém que vá a tempo de alterar o "fim", como se fazia nas novelas há alguns anos.
Muhammad ainda apelou à compreensão do governador (democrata) da Virgínia, mas sem sucesso. E se os governadores se unissem para alterar isto, com a bênção de Obama? Era doce, era...

No mesmo dia, sabemos que um futebolista nigeriano a jogar num clube sudanês foi condenado a 40 vergastadas após ter consumido álcool.
A pena de morte por injecção letal até parece suavizada face a uma situação destas, mas que Justiça é esta que permite que se mate e torture, com tanta passividade mundial?

(A foto é de Dave Ellis, da Reuters)

1 comentário:

  1. Não sei até onde uma condenação a morte fara desse mundo um lugar melhor. Entretanto, um cara que mata 10 pessoas a sangue frio, escolhendo aleatoriamente quem passava no momento pela rua, mereceu também ter o seu fim, contudo de forma mais "humana". A morte dele não vai trazer a volta das pessoas que ele provocou, ou irá fazer com que as familias que ele destruiu se reetruturem, mas com certeza dará um sentido de validade a justiça de não termos as nossas vidas ceifadas por pessoas INCREDULAS no nosso maior direito: o de viver.

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