sábado, 21 de novembro de 2009

Comprem, comprem!
















Aí estão os nossos postais de Natal, edição 2009. Com modelos de se lhes tirar o chapéu e a habilidade dos fotógrafos de serviço, a Xana e o Jorge, saiu o trabalhinho que podem ver aqui. E como nem só as vistas merecem ser presenteadas, é fazer fila e encomendar, que nós agradecemos e os vossos destinatários também.

(A foto daí de cima é da Xana Haulsen)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Hein?...


Ontem (terça-feira) à noite sentei-me em frente à televisão para um último resumo das notícias que tinham marcado o dia e deparei-me com este cenário: após a notícia da segunda grávida a perder o feto pós-vacina da gripe A, uma peça acerca da reunião entre Cavaco Silva e o presidente do Supremo, Noronha do Nascimento, que nos deu a conhecer que eles falaram de não sei o quê sobre a justiça. À saída do magistrado, o bombardeamento dos jornalistas com o processo Face Oculta, ao que o senhor respondeu não sei o quê sobre não comentar. E pronto, ficámos todos muito mais esclarecidos.
Logo de enfiada, os interrogatórios aos arguidos do dito processo, ou melhor, o antes e o depois dos interrogatórios, com o habitual "está tranquilo?" e outras coisas que acrescentam muito ao que já sabemos. Ah!, também ficámos a saber que as medidas de coacção...não se vão saber já.
A última capa do Inimigo Público (gostaria muito de a colocar aqui mas não consigo) espelhava muito bem esta situação, que se vem arrastando pelos jornais e televisões, com manchetes e manchetes sobre as certidões que andam de cá para lá e que vão chegar não sei onde não se sabe bem quando e sobre o primeiro-ministro, que também não se sabe muito bem se o homem tem o rabo preso ou não, mas também não se sabe se as escutas eram legais para se saber o resto.
Não dá vontade de mandar isto tudo à fava e pedir que nos acordem quando tudo estiver decidido? Pois, isso ainda vai demorar muitos anos...

Já agora, a capa do último IP dizia isto: "Gajo das escutas mandou vir com o tipo da barbicha que respondeu não sei o quê sobre uma coisa qualquer de certidões
Conclusão: Sócrates ‘tá safo"

Assim estivemos a semana toda e assim continuamos, portanto...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A paz, o pão...e a habitação, não?






















A mudança para o Porto trouxe uma grande vontade de explorar a cidade, desde os ex-libris às ruas mais esconsas, estendendo-me também à Área Metropolitana, através dessa maravilha do transporte público que é o metro. Contudo, o deslumbramento de ter uma área tão vasta a implorar para ser vasculhada não impediu o choque com as disparidades sociais espelhadas nas condições de habitação de muitas pessoas. O caso que mais rapidamente me saltou à vista (talvez por viver e trabalhar lá perto) foi o Bairro da Pasteleira, um conjunto de blocos de habitação social atavancados abaixo do nível da estrada, o que obriga pessoas idosas a fazer diariamente um percurso penoso, como já tive oportunidade de assistir. Vistos de longe, os prédios não chocam, mas um olhar mais próximo permite descobrir fachadas e acessos a apartamentos que lembram estabelecimentos prisionais, com escadas escuras, cercadas por paredes e grades nas entradas principais. Tudo isto paredes meias com o Foz Palace e outros empreendimentos "chiques" de toda a elite que povoa Pinhais da Foz.

"Ilhas". Um cenário que, até vir para cá, me era praticamente desconhecido. Bastou um passeio pela zona da Lapa para descobrir um punhado delas. Recentemente, tivemos também os ecos da visita de um "chocado" Rui Rio a um destes, como dizer, pólos da degradação humana. No entanto, foi em Vila Nova de Gaia que o cenário se afigurou mais escandaloso. Não porque as "ilhas" tenham pior aspecto (as que vi, viam-se mal) mas mais uma vez por um caso de despropositada convivência. O parque habitacional(chamemos-lhe assim, para dar um ar pomposo à coisa) que tive oportunidade de vislumbrar não fica a muitos metros da sumptuosa residência oficial de Luís Filipe Menezes. E mais: tem vista para o El Corte Inglés. Ah pois é, Gaia nunca tem tanto protagonismo como a vizinha do outro lado do rio, mas o progresso também já lá chegou. Pena que alguns tenham sido esquecidos.

(A foto mostra a "ilha" do Bairro de Herculano, no Porto, e foi "pescada" do blogue "The Urban Earth", num post com algumas considerações sobre as ilhas da Invicta)

Entre vergastadas e injecções letais






















John Allen Muhammad foi executado esta madrugada (portuguesa) numa prisão da Virginia. Muhammad ficou conhecido como o sniper de Washington, após ter morto a tiro 10 pessoas. Fala-se em motivações familiares e políticas, uma vez que o ex-combatente na Guerra do Golfo começara a actuar após o 11 de Setembro e acabara por converter-se ao Islão.
O procurador que obteve a condenação "sentiu" que esta história teve um fim. Então é para isso que as pessoas são executadas? Para que familiares e magistrados "sintam" o fim da linha? Por muito retemperador que possa parecer, não creio que seja motivo suficiente. Principalmente quando a Justiça erra, e já não há ninguém que vá a tempo de alterar o "fim", como se fazia nas novelas há alguns anos.
Muhammad ainda apelou à compreensão do governador (democrata) da Virgínia, mas sem sucesso. E se os governadores se unissem para alterar isto, com a bênção de Obama? Era doce, era...

No mesmo dia, sabemos que um futebolista nigeriano a jogar num clube sudanês foi condenado a 40 vergastadas após ter consumido álcool.
A pena de morte por injecção letal até parece suavizada face a uma situação destas, mas que Justiça é esta que permite que se mate e torture, com tanta passividade mundial?

(A foto é de Dave Ellis, da Reuters)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Foi por eles...


...que o Coliseu do Porto encheu até aos lugares mais recônditos (e ainda são alguns), aplaudiu de pé, bateu o pé por mais uma ou duas melodias de sempre e cantou a uma só voz.
Sérgio Godinho, Fausto e José Mário Branco encerraram um ciclo de quatro concertos, quatro casas cheias. Foi comovente. Mexeu com tudo, até às entranhas. Deu vontade de pedir uma revolução ali mesmo, na sala.
Um trabalho singular, levado a cabo por uma parafernália instrumental que deu um fôlego tremendo ao repertório.
O Zeca, que como bem lembrou Sérgio Godinho, "não podia estar ausente", foi lembrado com De Não Saber o que me Espera, majestosamente cantado e tocado. Fica a recordação. E, oxalá, a inquietação.