domingo, 13 de março de 2011

O dia da unidade


Era o protesto da geração dos recibos verdes, dos estágios não remunerados e da casinha dos papás. Mas não faltaram rugas nem carrinhos de bebé. Pais apreensivos a ver por água abaixo um futuro para os filhos em que tanto investiram; pais precários a ver com apreensão que futuro podem proporcionar aos seus filhos que ainda não largaram a chucha.

Cartazes, palavras de ordem, velhos slogans, novos hinos e fórmulas reinventadas ("O povo passivo jamais será unido").
Artistas e bolseiros de investigação científica desfilaram lado a lado da Praça da Batalha à Praça da Liberdade, no Porto. Uns cheios de garra, outros quase em ritmo de passeio. Afinal, a miséria ainda não tomou conta deles, e isso via-se pelas inúmeras máquinas fotográficas que documentavam o momento, inalcançáveis para alguns bolsos.

Ainda assim, há quem conte os tostões e quem não se possa dar ao luxo de fazer planos de futuro.
Há até quem sirva uma respeitável instituição pública e depois veja parte dos seus esforços extra, de fins-de-semana e feriados, habilmente desviados para os bolsos dessa mesma instituição, pública, sim, até ver.

Neste 12 de Março, o protesto da Geração À Rasca, foi, afinal de contas...geracional. E transversal, pois os ecos fizeram-se sentir por todo o país.
Aguardemos, agora, os próximos capítulos, caso os haja.

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