quinta-feira, 12 de maio de 2011

Brasil e Uganda nos extremos do arco-íris














Alexandra Lucas Coelho deu ontem a conhecer no PÚBLICO o Brasil "mais livre e democrático" nascido de uma deliberação do Supremo Tribunal que reconhece, por unanimidade, "a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar". Uma breve passagem pelo texto permite concluir que a homossexualidade ainda é vista com desconfiança, para recorrer a um eufemismo, por boa parte dos brasileiros. No país do Carnaval, conta a repórter, há casos de travestis assassinados em todas as cidades. Não surpreende, por isso, que a decisão seja considerada histórica e provoque uma onda de esperança quanto à diminuição da violência em relação aos homossexuais.

Do outro lado do Oceano, no Uganda, o parlamento poderá aprovar, dentro de algumas horas, um projecto de lei que prevê a aplicação da pena de morte a homossexuais. Junte-se a esta proposta uma outra: a de atribuir uma pena até 3 anos de prisão a quem for conhecedor de casos de homossexualidade e não os denunciar às autoridades. Depois do assassinato de um activista LGBT, a aprovação desta lei incentivadora da bufaria e do pânico generalizado pode ser o mote para uma escalada brutal da violência.
A petição para tentar evitar um tamanho desrespeito pelos direitos humanos corre aqui.
Veremos se o Uganda também acorda mais livre.

Sem comentários:

Enviar um comentário