Para lá dos números, para lá das explicações, para lá dos azares meteorológicos, temos as pessoas. Os familiares que desconhecem o paradeiro e o estado dos passageiros.
Se é indiscutível que a informação televisiva vive das imagens, não será um pouco mais discutível a utilização repetida da dor de quem não sabe o que aconteceu aos seus? Pior, a intromissão nessa dor, com um bombardeamento de perguntas, flashes e filmagens a quem só deve querer paz e sossego, e a quem tem todo o interesse em saber dos seus e nenhum interesse em que os outros saibam deles?
Acredito que o equilíbrio entre tudo isto seja difícil de encontrar, mas talvez valha a pena refinar a procura.
Sem comentários:
Enviar um comentário