segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Amália (e outros) FM









Por estes dias em que se assinalam os 10 anos da morte de Amália, nasce uma estação de rádio que a homenageia. Nem só da fadista que cantava o seu próprio nome se faz a rádio alojada em 92.0, pois há lugar para outras vozes e outros tempos, mas o nome já diz muito.
A intenção de prestar tributo e de não deixar cair no esquecimento a diva que projectou a música portuguesa numa época em que Portugal estava arredado do mundo é sempre louvável, mas se calhar...convinha começar a mudar de ares. Vejamos: uma nova rádio, o sucesso estrondoso dos Amália Hoje, o filme que deu série, os programas televisivos... Muito se tem falado de Amália. Ao mesmo tempo, outros caem no esquecimento. Por que razão é que os 80 anos de Zeca Afonso, que se comemoram este ano (é, é, os que não se aperceberam ficam agora a saber) são tão pouco divulgados? Caramba, não estamos a falar de um poeta e músico extraordinariamente multifacetado, que a própria Amália elogiou (pois é)? O que se faz para preservar a memória de um poeta que tanto nos enriqueceu e que tanto SOFREU para ajudar a construir um país melhor? Faz a Associação José Afonso, honra lhe seja feita, que aqui e ali vai tentando impedir que a memória do Zeca se perca, e esbarrando nas barreiras montadas por aqueles a quem o Zeca não interessa, para não dizer pior. E que mediatização teve o projecto de Cristina Branco, em relação aos Amália Hoje? Pois...
Já agora, o Zeca cantava fado, uns belíssimos Fados de Coimbra, ponto de partida para a longa e inigualável carreira. Também terão lugar na nova estação de fado?

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