quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carne sem dor














Dentro de alguns anos, imagens como a de cima poderão passar à história ou, pelo menos, deixar de ser vistas amiúde. Diz o PÚBLICO online que há um grupo de cientistas holandeses a trabalhar num "tecido fibroso comestível" cujo objectivo é substituir a carne provinda desses massacres praticados diariamente nos matadouros de todo o mundo. Para já, sabemos que esse tecido é fabricado a partir de células musculares de animais. Animais esses que terão de vir de algum lado, mas vamos afastar a ideia de porcos ou vacas "de laboratório" para não nos assustarmos quando a procissão ainda vai no adro.
Parece que os "grupos vegetarianos" já louvaram a iniciativa. Chamem-me ignorante, mas eu não sei o que é um grupo vegetariano. Posso garantir-vos que não pertenço a qualquer seita, lobby, grupo de pressão ou o que lhe quiserem chamar, e também não penso largar uma bomba num restaurante de rodízio. Aliás, conheço tão poucos vegetarianos que seria impossível formar uma milícia minimamente convincente. Adiante. É difícil proferir uma opinião sobre uma coisa numa fase tão embrionária e cujos métodos de produção se desconhecem. Que implicações terá para a saúde? Quais as contrapartidas ambientais associadas?
De qualquer forma, a ideia de desenvolver um projecto científico a pensar no bem-estar dos animais (partindo do pressuposto que a ideia é mesmo essa) é louvável. Há muita pedra a partir nesta área - e muitas vezes dá vontade de a partir atirando-a contra certas cabeças duras - mas não deixa de ser gratificante constatar que pelo menos já há debate.

(A foto é da Reuters)

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